Se é impossível definir em poucas palavras numa convencional resenha a obra "Os Ensaios" (Martins Fontes, 2002, 492 págs. R$ 78,90) de Michel de Montaigne (1533-1592), não menos imprescindível é conhecê-la, esta "floresta luxuriante" qual um imenso compêndio e repositório de sabedoria que em síntese, une e aproxima milênios de história, filosofia, antropologia, religião, direito e na pleiade de temas, áreas e assuntos. Todos perpassados por uma perspectiva singular e refletida por este tão privilegiado intelecto, por uma cabeça "que mais bem formada que cheia", habilitou este notável homem que na França do século XVI produziu uma obra extemporânea, inigualável e de perene sabedoria para todos os fins, situações e a qualquer tempo. A mesma é considerada fundadora do gênero ensaístico sendo ela o ensaio por excelência.
São encontradas diversas edições em língua portuguesa, talvez nenhuma superior a editada pela Martins Fontes que, seguiu a orientação metodológica rigorosa de Pierre Villey, uma das maiores autoridades no autor e obra, baseada na edição mais completa dos Ensaios com seus 3 volumes. Válida também a edição esgotada editada pela UnB.
Sinopse:
"Montaigne repassa, sempre a partir de sua experiência pessoal, a virtude, a cólera, a presunção, a crueldade, e muitas outras questões humanas fundamentais sobre as quais todos nos questionamos."
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