terça-feira, 26 de janeiro de 2010

"Fahrenheit 451" de Ray Bradbury / François Truffaut

Filme de François Truffaut e adaptação do romance homônimo de Ray Bradbury - "Farenheit 451" - (1966, GRB, Cor, 112 min) é dos que podem ser classificados como "distopia", isto é; uma concepção sobre a sociedade no futuro contrário a utopia, ao ideal em que se crê melhor ou perfeito.
Nesta distopia em questão, todos os livros e expressões escritas são proibidos por um regime autoritário sob argumento de tornar seus leitores, improdutivos e infelizes, este, que é "reeducado" se flagrado lendo e tendo sua casa ou biblioteca incendiados pelos "bombeiros".
A obra tanto literária quanto cinematográfica é rica em alusões a períodos e fatos que perpassaram a história, em particular na censura da palavra escrita e do pensamento. No filme soa irônico a inversão do papel dos "bombeiros" no uso do fogo para queimar os livros... estes, intimamente ligados pelos infortúnios queacidentais ou intencionais (Bibliotecas de Bagdá, Babilônia, Alexandria, etc), nas inquisições ao longo dos tempos medievais ou não que acabaram por vitimar muitas obras, autores e leitores. Os mesmos que após as chamas do fogo, padecerão sem as palavras na escuridão da ignorância para a qual não há ainda qualquer censura. O grau Farenheit 451 do título, seria o suposto atingindo pelos livros durante sua combustão.

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