No final de novembro uma nova iniciativa veio preencher esse vazio. Trata-se do Museo de la Palabra, um projeto privado e sem fins lucrativos que busca converter-se em “foro de convivência internacional e aposta no valor da palavra como vínculo da humanidade.”
A sede é uma casa-palácio estilo século XVIII situada na região de onde, supõe-se, Dom Quixote iniciou suas andanças, dentro da província de Toledo. Símbolo do caráter da iniciativa, não menos idealista que a do personagem cervantino, é sua aposta em propiciar “a convivência entre culturas e civilizações diferentes” e a defesa do “diálogo e da palavra como a única maneira de solucionar conflitos”.
“A fundação [César Egido Serrano, responsável pelo museu], mediante o desenvolvimento de atividades em que a palabra (falada, escrita ou em suas distintas manifestações) seja a protoganista; busca fomentar o entendimento entre os distintos povos, ideologias, religiões e culturas.”
Inclusive a sede do museu é fechada ao público. Seus quinze quartos e seis salões serão utilizados para convidar líderes de opinião de todos os âmbitos, culturas e religiões a participar em jornadas de discussão e reflexão.
O objetivo é que, depois de sua estadia no museu, esses líderes difundam a mensagem da fundação. A saber: “Que o século XXI é o século da palavra, a palavra como ferramenta contra toda a violência.” Segundo César Egido Serrano, titular da fundação, o museu não exibirá nada, pois “o resultado e a existência do diálogo são em si uma peça museística.”
Tradução livre de: "Inauguran Museo de la Palabra en Toledo". Para ler, na íntegra, o original em castelhano, acesse: http://www.elcastellano.org/noticia.php?id=1164
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