sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA: "Na poesia a palavra consegue extrapolar o ordinário"

Luiz Fernando Priamo é um escritor inquieto. Além de escrever, ele faz desenhos e já atuou em montagens teatrais e participou de bandas. E ainda se desempenha como jornalista nas horas vagas. Com sua poesia, o autor busca extrapolar o ordinário e se mostra bastante ativo no campo literário, realizando um trabalho de intervenção social através de oficinas em escolas que buscam mostrar as palavras de uma forma inovadora, para combater aquilo que ele chama de “desgaste da palavra”. De acordo com ele, seu primeiro trabalho, o livro de poesias “Involuntário”, encerra um ciclo e inaugura outro, em que se dedica à poesia pela estética, sem falar tanto de si mesmo, sem se mostrar tanto. Em uma longa entrevista, realizada em dupla, o Palimpsestos conversou com o poeta e tentou desvendar um pouco de seu espírito irrequieto. O resultado os leitores do blog conferem agora.


Palimpsestos: Em um momento no qual os jovens escritores tendem a enveredar pelo caminho da prosa, você escreve poesia. Por que o seu interesse pela escritura poética?

LFP: Meu primeiro contato com a leitura foi através da poesia, muito por conta da música. Eu me alfabetizei com livros didáticos das minhas irmãs mais velhas e eu lembro direitinho de quando eu li a primeira vez o poema A Porta, do Vinícius de Moraes, que é uma música, e achei aquilo incrível. Que eu lembre foi o meu primeiro contato com a poesia. Romance só fui ler mais tarde, com oito, dez anos, aqueles romances infantis. Mas a minha educação foi mais musical e pode ser que isso tenha me direcionado mais para a poesia do que para o romance.

Palimpsestos: Mas você pensa em ir para a prosa algum dia, em escrever um romance?

LFP: Até já escrevi alguns contos, mas são coisas que eu acho que ainda não têm conteúdo para serem publicadas, por isso, deixo na reserva. A prosa não é a minha força de expressão, porque eu acho que a palavra, na poesia, tem uma força diferente; ela consegue extrapolar o máximo do ordinário, da palavra cotidiana. O meu caminho para a poesia é muito por isso também, por causa dessa expressão diferencial da palavra poética.

Palimpsestos: Um verso que está na contracapa do livro e parece ter sido o mote do seu trabalho diz o seguinte: “a língua nos proporciona 26 motivos para que eu não me cale”. Considerando esse verso, é pertinente perguntar: escrever é uma coisa orgânica? Você escreve como uma resposta ao fato de que existe a linguagem, de que existe o alfabeto, ou há outra motivação para a escrita?

LFP: Quando eu comecei a escrever foi uma coisa natural, acho que o que levou o livro a se chamar “Involuntário” foi isso. Esse verso se encaixa muito bem com a ideia de trabalhar a linguagem na poesia. Tem uma metáfora do William Burroughs que relaciona a linguagem com os vírus. A linguagem impregna na gente e só conseguimos percebê-la através dos seus sintomas, daquilo que ela pode causar. Acho que é bem por aí, a coisa é sintomática, quando você vê já está impregnado daquilo e no meu caso foi bem assim. Muitas poesias do livro são bem confessionais, e eu sempre li muito Fernando Pessoa, principalmente Álvaro de Campos que é aquela coisa verborrágica, que você vai ficando asfixiado e uma das coisas que me influenciaram foi essa linguagem dele.

Palimpsestos: Quais são os autores, na área de poesia, que você costuma ler? Você enxerga alguma outra influência deles na sua produção, além da citada influência do Álvaro de Campos?

LFP: Eu acho que existem épocas em que a gente está mais apegado a determinado autor. Por exemplo, o livro é um apanhado de poesias que eu escrevi inicialmente. Ali estão textos nos quais você pode perceber claramente uma influência do Drummond, do Ferreira Gullar, do Leminski, do Vinícius de Moraes. Dá para perceber e é inevitável hoje a gente não ter essa influência. Ainda mais aqui no Brasil, onde existe uma cultura de poesia muito rica. E todas as minhas fases têm uma influência. Com o amadurecimento, buscando o que eu quero realmente escrever, percebo que eu tenho conseguido algum diferencial. Então eu vejo que a minha influência volta a ser mais de música do que de poesia.

Palimpsestos: E dessa influência que vem da música, qual o nome, compositor ou cantor, que influencia sua produção ou essa influência é apenas formal, ligada à musicalidade?

LFP: A influência é mais ligada ao som do que a um músico, apesar de eu apreciar músicos que foram vanguardistas como, por exemplo, o Itamar Assumpção. Ele é um cara que consegue transformar as letras, que muitas vezes seriam óbvias ou clichês, e colocar a poesia dentro delas. Tom Zé é outro compositor de que eu gosto. Só que eu acho que o que eu busco dentro do que eu estou escrevendo agora é mais um trabalho da música mesmo, do ritmo do samba, do jazz. Eu percebo mais isso do que a influência de letristas ou coisas assim.

Palimpsestos: Então, para você, o ritmo tem a ver com a poesia?

LFP: Sim, a escola da poesia ela tem muito disso, tem a questão do ritmo, a métrica. E até o modernismo isso era, vamos dizer assim, uma regra. Não que isso esteja na minha poesia. O ritmo que eu procuro não é a métrica, não é aquela questão do compasso, não é uma coisa tão exata assim. Eu gosto da palavra gerando um movimento. Da palavra por si. Já aconteceu de eu ouvir uma música e a partir daquilo surgir alguma ideia para uma poesia. Mas, a ideia da música na poesia é mais relacionada com a dança que ela propicia.

Palimpsestos: No poema "Expectativa de vida" e em mais alguns outros que estão no livro, poemas estes em que comparece o tema da passagem do tempo, é possível perceber, da sua parte uma consciência dessa passagem. A pergunta é: como é a sua relação com o tempo? Você se sente pressionado pela passagem dele ou simplesmente escreve a respeito porque é um "tema universal"?

LFP: O tempo desmembra várias outras coisas e se faz presente na maioria das poesias que a gente vê por aí. As poesias que estão no livro também tratam um pouco desse assunto, mas porque há um problema meu em lidar com o tempo, ter aquele jogo de cintura, saber se encaixar. Eu fico meio perdido e isso, às vezes, chega a ser uma tortura. Eu tenho aprendido mais a lidar com o meu tempo, perceber que eu tenho o meu tempo para as coisas e a respeitar isso. Mas a gente vive numa sociedade em que as coisas correm e eu sou mais lento do que isso e cada dia mais e mais rápido e eu vou ficando lento e tenho aprendido a me respeitar. Então essas poesias que falam do tempo e que estão no livro, talvez, se eu fosse escrever hoje, seriam bem diferentes ou não escreveria.

Palimpsestos: Você falou que o tempo é um dos temas da sua poesia. Quais os outros temas que você mais utiliza para fazer poesia? Quais são os seus assuntos?

LFP: Um tema que eu posso dizer que tem sido menos recorrente na minha poesia é o amor, no sentido clichê, que é uma coisa que eu tenho dificuldade de fazer. Até no livro tem algumas, mas hoje em dia eu não consigo fazer. Vamos dizer que as que aparecem no livro são da minha fase Vinícius de Moraes (risos). Qualquer coisa eu acho que dá pra virar poesia, não consigo me fechar em um tema.

Palimpsestos: E sua formação como jornalista? Você acha que ela influencia em algum ponto na hora de escrever, fazer literatura?

LFP: De toda minha formação acadêmica, acho que o que mais influenciou para a poesia foi a disciplina semiótica e semiologia. Tem a ver com o jornalismo? Tem, mas não é o jornalismo em si, pois trata justamente dessa coisa do jogo da linguagem. Todo mundo que leu certas coisas que já fiz em prosa, conto, diz que a linguagem jornalística está presente, nota essa influência na narrativa. Mas eu acho que a linguagem jornalística é menos expressiva, porque dentro de todos os jornais que a gente vê por aí o que extrapola essa linguagem comum é muito pouco. Então a linguagem jornalística não me supre essa questão poética. Eu acredito que tem essa influência, apesar de que formei há pouco tempo e não exerci o suficiente para aguçar o olhar do jornalista, mas o olhar do observador é uma prática constante.

Palimpsestos: O olhar do observador leva você a escrever alguma coisa com intenção de crítica social ou relacionada com as classes menos favorecidas?

LFP: Já escrevi mais, na minha fase Ferreira Gullar (risos). Eu penso assim: tenho um comprometimento, tenho as minhas ações, mas eu não busco muito ligar isso à poesia, porque ela é uma coisa à parte, é um trabalho de linguagem. Não gosto muito dessa associação, vamos dizer assim, política e poética. No livro tem bastante material nessa linha, mas as coisas que eu tenho feito hoje falam mais sobre pessoas do que do social, de uma causa. Tem uma série que estou escrevendo e que não sei o que  pode vir a ser, que é bem crítica, algo bem ácido, uma análise dos meios por que eu vou passando, que eu vejo. A temática, em sua a maior parte, trata de coisas que não me agradam, mas não se fecha só nisso também.

Palimpsestos: Aproveitando o que você disse: se já está tudo gasto, se já existe uma sensação de que não há “nada de novo no front da minha cabeça”, de que tudo já foi dito, mas, ao mesmo tempo, o alfabeto dá motivos para que não calar-se, como lidar com essa dualidade? E, principalmente, lidar com isso e escrever algo que valha a pena ser lido?

LFP: Eu acho que essa coisa da palavra gasta, do conteúdo gasto, da gente ter chegado num ponto que as coisas tendem a se recriar... Inventar a roda ninguém vai inventar, isso já me incomodou durante um tempo, você vai pegar para escrever hoje em dia é complicado. Poesia, você fica um pouco frustrado de escrever depois de caras que escreveram tão bem, como Fernando Pessoa, Drummond, um cara que pegou a palavra e usou-a simples, mas conseguiu fazer maravilhas. Hoje em dia a gente consegue ir além, mas não tem muito como medir isso. Lógico, na época do Drummond ele talvez também não tivesse essa noção de quão grande era aquilo que ele estava fazendo. Não vou dizer que morro se eu não escrever, mas é algo que me dá prazer. Expressar, para mim é algo mais próprio do que escrever, gosto de música, de mexer com desenho, já fiz curtas, já participei de peças de teatro, então expressar é uma necessidade. Acho que se acabasse o papel, a caneta, o teclado eu ia inventar outra coisa. Se eu penso no leitor quando estou escrevendo? Não penso. Penso naquilo ali que estou fazendo e como eu vou dar vazão àquilo depois.

Palimpsestos: No seu blog você também fala dos fanzines, que você dá oficinas e tem uma parte que fala que “escrever é uma forma ousada de modificar o mundo”. Como é esse trabalho?

LFP: Comecei a ter contato com fanzines na minha pré-adolescência e foi um caminho totalmente inusitado, e como sempre tive ligação com essa coisa do punk, do alternativo eu acho que o fanzine é um caminho viável que a gente tem para publicar as ideias. E o fato, como você citou, das palavras que são uma maneira ousada de modificar o mundo, acho que tem essa possibilidade. Como o fanzine não é ligado a um grupo editorial, proporciona essa liberdade. Eu e um grupo de mais sete pessoas fundamos um fanzine aqui em Juiz de Fora que se chamava Encontrare e ali fomos publicando só poesia, prosa e textos literários e você vê que funciona, porque as pessoas chegam para comentar que tal texto tocou ela de tal maneira. Como a gente tinha a pretensão de não publicar os nossos próprios textos, acabamos circulando vários autores que nunca tinham publicado, e que através do fanzine conseguiram publicar. E a gente fez isso circular em outras cidades aqui da Zona da Mata, a gente mandava para pessoas do Rio, São Paulo, chegou a ir até para a Argentina, tudo através do fanzine. O último número saiu o ano passado e como ficaram poucas pessoas na organização, ele atualmente não está sendo publicado. No início do ano de 2010 fiz um trabalho dessas oficinas de fanzines, patrocinado pela Petrobras onde percorri escolhas públicas do Rio até BH e pude perceber que as crianças conseguiam se identificar. Teve um menino, que em uma dessas cidades, no segundo dia de oficina, já chegou com o fanzine dele pronto, só de poesia. Aquilo já me fez ganhar todo o trabalho. É uma forma fácil: um menino de 7,8 anos pegou a folhinha de caderno dele, dobrou e ele mesmo fez a publicação dele, então é uma maneira de modificar.

Palimpsestos: Para você, qual é a diferença de fazer a divulgação da produção por fanzine, que tem uma materialidade, e a divulgação pelas novas mídias como blog e site?

LFP: Hoje eu acho que é inevitável mexer com a internet, não tem como comparar. Ainda mais o fanzine, que você produz com recursos próprios. Dificilmente você vê fanzine com patrocínio, por isso não tem uma tiragem tão grande, e você não vai ter aquela distribuição enorme. Agora, na internet, você monta um mailing e vai divulgando seu trabalho para o público. Não gosto muito de falar público, acho que você vai divulgando as ideias e dividir aquilo com as pessoas. A internet serve para compartilhar, ela é infinita e não tem como a gente mensurar.

Palimpsestos: Mas você não acha que um aspecto negativo da internet pode ser uma “falta de critério”, que surge na medida em que as pessoas têm um espaço alternativo que lhes permite falar? Não existe uma ânsia de ocupar espaços?

LFP: Hoje em dia a gente vê muito disso, eu vejo outros blogs de pessoas que escrevem e vejo que falta muito critério e principalmente autocrítica. Mas não acho que isso seja culpa da internet, até porque é algo que sempre houve. Se não fosse a internet, ia ter gente fazendo isso e talvez publicando, você vê muitos livros saindo. E eu não gosto de tudo que leio, não dá para ser bonzinho. Tem coisa que é ruim, que você vê que a pessoa não pensou, repensou, como meio de colocar a linguagem dela e transformá-la. Tem autores consagrados que eu não gosto, não estou dizendo que eles não tenham autocrítica e nem tendo a presunção de dizer que sou melhor que os outros.

Palimpsestos: Ou seja que, para você, existe também a necessidade do leitor exercer a crítica, de poder ler sem o sentido de consagrado, sem o sentido de que eu não posso criticar esse autor ou acadêmico?

LFP: Falta isso também, muitas pessoas se guiam pelo que é indicado, pelo que é falado. Mas eu gosto muito de ler coisas que são feias, que pouca gente lê, pouca gente gosta... Tem um autor que agora está “bombando”, mas ele escreve um monte de coisa que é feia, é deprimente, só tem gente se dando mal, que é o Lourenço Mutarelli. Eu leio Fernando Pessoa e acho que tem coisa dele que é ruim, que eu não gosto, sou tendencioso para o lado do Álvaro de Campos. Drummond tem coisa que acho chato, não gosto de ler. Mas também não dá para fazer a crítica pela crítica, acho que se você se interessa por ler alguma coisa, você tem que ir atrás da biografia, tem que entender aquilo e ter uma base maior para fazer a crítica. Se a gente for se guiar só pelo que tem na escola de português e literatura... Eu, por exemplo, acho que nem faria literatura. Eu nunca gostei de estudar literatura, poucos foram os livros que eu gostei de fato de ler. Macunaíma e Dom Casmurro foram dois livros que eu gostei bastante, mas dificilmente eu iria tender por esses caminhos se eu fosse me guiar somente por aquilo ali.

Palimpsestos: Outra coisa que você comenta no seu blog é a realização de alguns projetos que envolvem não só a questão das pessoas não terem o contato com a palavra, mas também a questão da vulnerabilidade social dos moradores de favelas e periferias que impede que eles tenham esse contato com a leitura, com a palavra. Você enxerga esse trabalho como ação social?

LFP: Posso estar exercendo a cidadania ali, só que não é esse o meu propósito. Mas, claro, enxergo que isso pode acontecer. E uma correção: não fizemos oficinas só em comunidades carentes, trabalhamos também dentro de universidades e você vê que o acesso não é uma questão social ou econômica, é uma questão do interesse, da formação, de alguma coisa que pode estar errada na educação. Também não estou querendo ditar o caminho, mas acho que pode dar um gás. Nessa última viagem, fomos a uma escola municipal em Resende (RJ), e como já tinham acabado as aulas, só participaram os funcionários. Foi proposto a eles que cada um escrevesse a palavra que mais o tocasse. Então as pessoas se guiaram pelo significado das palavras, não pela palavra em si. Quer  dizer, como a palavra está gasta, as pessoas não percebem o que é a palavra. Você diz assim, uma palavra boa de falar e não vem a delícia da coisa. As pessoas vem sendo baleadas a muito tempo com essa coisa da palavra comum e acredito que dar esse choque, levar esse olhar diferencial,  mostrar outra visão, pode transformar. Damos mais oficinas de formação de leitores, que é mais eficiente. A partir disso eles vão se descobrir poetas ou não.

Palimpsestos: Percebe-se que você é muito ativo, participando de coletivos, palestras, revistas literárias. Qual o sentido disso tudo na sua vida?

LFP: Eu me proponho a escrever, mas não dá para ficar naquela coisa de sentar em frente ao computador e parar por ali. Não me supre. E além da minha formação de jornalista, eu tenho interesse por essa coisa [de participar de projetos], que não é só do educador, mas que acaba pendendo para a educação. A gente tem quase que a obrigação de levar isso, de colocar a palavra em movimento mesmo. Tudo que eu faço, seja oficina, fanzine, participação na Eco Performances Poéticas, é para transformar isso numa coisa maior. Foi-se o tempo que a literatura parava no livro e no leitor, em saraus. Justamente por eu não me conformar com essa coisa da palavra ordinária, acho que tem que ter essa circulação. Enquanto tiver condição, vou continuar fazendo isso e gostaria que esse fosse o meu caminho de sobrevivência no mundo.

Palimpsestos: Quais são seus próximos projetos literários ou extra-literários?

LFP: Não quero fazer publicação por enquanto, mas quero pensar melhor, quero dar uma unidade maior para um livro. Minha primeira publicação foi mais para marcar o que eu fiz até hoje, aí interrompi para começar uma coisa nova. Gosto muito de ciclos, as coisas para mim têm seu prazo de validade, para mim muitas coisas que estão no livro são coisas que já venceram. Não odeio, mas também não amo de paixão. Não condizem com o momento atual, mas não vou falar que nunca vou fazer uma poesia falando de amor, mas acho que a gente tem tanta possibilidade de fazer diferente, de reinventar as coisas que a gente quer. Se for para dizer nunca, digo nunca agora. Com relação aos projetos futuros, as oficinas continuam, sempre que alguém tem interesse eu me disponibilizo na mesma hora, porque é um negócio que eu gosto de fazer. Se eu pudesse ganhar a vida assim, acho que seria imensamente feliz. Não tenho muito essa fissura de publicar livro, quando me inscrevi para a Lei Murilo Mendes, é porque eu já tinha um conjunto de poesias e o livro tinha uma finalidade. E, quando publiquei, percebi que encerrei ali um ciclo. Vou vivendo um dia da cada vez, é o meu caminho, estou buscando fazer as coisas do meu jeito para não morrer sufocado.

Blog do autor: http://otarioinvoluntario.blogspot.com/

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