Em "Meditações" ou "Pensamentos escritos" no grego original, (1995, Iluminuras, 120 págs., Diversas edições), Marco Aurélio expressa humildade do filósofo que contradiz a acusação costumeira feita aos estóicos, contrasta intensamente sua convicção da igualdade de todos os homens, depositários da razão divina e cidadãos do mundo, sendo ele o próprio o poderoso imperador. Na obra qualifica-se como alguém que está "avançando" a caminho da sabedoria, com impressionante e notável lucidez sem complacência de si, operando severo exame de consciência. A obra impressiona ainda mais considerando que vários de seus capítulos foram redigidos entre lutas acerbas nos campos batalhas, onde o imperador, refletia sobre a vida, raramente pensada em qualquer época com tanta profundidade e num meio tão singular. Suas idéias estóicas tornaram a obra algumas vezes próxima ou mesmo confundida com o Cristianismo (então nascente) contudo, a busca incessante pela libertação do homem das dores e prazeres do mundo material, será alcançada pela negação das emoções, assim como o homem, somente se tornará vulnerável se vítima de si mesmo, permitindo-se ser tomado pela sua própria reação. Marco Aurélio não expressa nem professa nenhuma fé religiosa particular, contudo, transparece crer numa força lógica que organiza o universo de modo que mesmo os acontecimentos danosos, estarão determinados à contribuirem para o bem do todo.
Sinopse:
"Marco Aurélio é conhecido como o 'imperador filósofo' que abraçou convictamente o estoicismo e tentou governar segundo seus preceitos. As Meditações versam sobre a brevidade da vida, o fluxo incessante do tempo, a vacuidade da fama, a proximidade e a inevitabilidade da morte e a instabilidade das coisas humanas."
Edições disponíveis de Meditações:
http://classics.mit.edu//Antoninus/meditations.html
www.slu.edu/colleges/AS/languages/classical/latin/tchmat/pedagogy/latinitas/ma/ma-index.htm
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