Franz Rosenzweig (1886-1929) foi um dos mais renomados teólogos e filósofos alemães de origem judaica do fim do século XIX e início do XX, com sólida formação acadêmica em particular filosofia e história, influenciou pensadores como Walter Benjamin e Emmanuel Lévinas entre outros.
Combateu na I Guerra Mundial, experiência que o marcou profundamente e lhe facultaria uma interpretação particular crítica da obra de Hegel e em particular de sua filosofia da história, cujo morte dos indivíduos se justifica em prol de causas superiores e, mais tarde, redescobriria o judaísmo nele imergindo. Durante o conflito não deixou de produzir intelectualmente, enviando do front em postais à sua mãe e primos, considerável parte de suas reflexões, posteriormente transcritos para publicação.
Sua principal obra de Rosenzweig é "A estrela da Redenção" (1921), onde analisa como a unicidade de cada ser humano, da realidade do mundo e da transcendência de Deus põem em xeque a idéia de totalidade, mostrando como estas três singularidades encontram sentido uma em relação à outra. A criação religa o mundo a Deus, a revelação permite que o ser humano seja orientado pela palavra divina e a redenção lhe dá como tarefa de salvar o mundo, essencialmente pelo amor. É brilhante sua reflexão transformando a idéia de ser pensado a priori, na de um que deve ser compreendido no tempo, consequência de sua reação contra a influência do idealismo alemão que se impunha à época.
Destaca-se também a obra "Hegel e o Estado" (2008, Perspectiva), sua tese de doutorado de 1908, internacionalmente reconhecida como obra central da 'Hegelforschung' (pesquisas sobre Hegel) e da tradução da Bíblia para a língua alemã, concluída por seu amigo e interlocutor em algumas querelas e diferenças filosóficas e pensamento judaico, Martin Buber.
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