A literatura, como sabemos, concretiza-se em textos. Escritos com estilete, pena, caneta, máquina de escrever, computador... Esses textos, para chegarem às pessoas, precisam de suportes que ajudem à sua difusão: papiro, pergaminho, papel (em formato livro ou folheto ou folha solta), meio digital. Por vezes, ainda, os textos são ditos em voz alta e em público; sendo depois, ou não, fixados num suporte daqueles antes referidos; e podem ser ilustrados, seja com iluminuras, como acontecia no tempo medieval, seja com o multimídia de hoje; e podem ainda ser transformados, ao passarem de um meio para outro. Por vezes, ainda, os escritores são desenhados ou fotografados a dizer ou a escrever os seus textos; a sua voz é registrada; e também os movimentos do seu corpo, em filme ou vídeo ou suporte digital.
Quais são as especificidades e as diferenças de cada uma dessas modalidades de comunicação? Por outras palavras, de que forma afetam essas materialidades da comunicação a própria noção de literatura? A máquina de escrever mudou a literatura? Pode um poema existir apenas oralmente, sem que chegue a ser escrito? Uma coisa em néon na parede pode ser um poema? Pode um texto em hiper-relação sem fim ser um romance?
Para estudar tudo isso, e muito mais, um grupo de professores da Universidade de Coimbra, com um número significativo de professores convidados de outras universidades, de Portugal e do estrangeiro, criou, para o nível de Doutoramento, um Curso de Estudos Avançados em Materialidades da Literatura. O curso, pioneiro a nível internacional e com uma forte dimensão “laboratorial”, terá o seu início no próximo ano letivo, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e será concentrado no estudo dos últimos cem anos, a partir das grandes revoluções modernas.
Consultar aqui: http://www.matlit.wordpress.comQuais são as especificidades e as diferenças de cada uma dessas modalidades de comunicação? Por outras palavras, de que forma afetam essas materialidades da comunicação a própria noção de literatura? A máquina de escrever mudou a literatura? Pode um poema existir apenas oralmente, sem que chegue a ser escrito? Uma coisa em néon na parede pode ser um poema? Pode um texto em hiper-relação sem fim ser um romance?
Para estudar tudo isso, e muito mais, um grupo de professores da Universidade de Coimbra, com um número significativo de professores convidados de outras universidades, de Portugal e do estrangeiro, criou, para o nível de Doutoramento, um Curso de Estudos Avançados em Materialidades da Literatura. O curso, pioneiro a nível internacional e com uma forte dimensão “laboratorial”, terá o seu início no próximo ano letivo, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e será concentrado no estudo dos últimos cem anos, a partir das grandes revoluções modernas.
Paulo Machado
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