segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982)

Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) foi historiador, além de crítico literário e jornalista, funções que ocupou e exerceu com brilhantismo e, por isso considerado um dos mais importantes intelectuais do Brasil.
De sua formação inicial em Direito em 1925 pela então Faculdade Nacional de Direito (UFRJ), tornou-se correspondente em Berlim pelo Diários Associados, ocasião em que academicamente acompanhou as conferências ministradas por Friederich Meinecke (1862-1954).
Ao regressar ao país continuo como jornalista até obter o cargo de professor assistente (1936) da Universidade do Distrito Federal (capital no então no Rio de Janeiro) que, extinta em 1939, o levaria a trabalhar como burocrata do governo federal quando em 1941, seguiria para os EUA como "visiting scholar".
Se em 1936 lançando "Raízes do Brasil", sua obra que se tornaria mais conhecida, nos anos seguintes daria continuidade a um produção historiográfica original e profunda acerca da história e formação do Brasil. Assim constata-se com "Cobra de Vidro" (1944), "Monções" (1945) e "Caminhos e fronteiras" (1957) dedicados a expansão oeste colonial portuguesa nos séculos XVII e XVIII, quando ao voltar a residir em São Paulo irá dirigir o Museu Paulista (até 1956), ingressando em 1948 na Escola de Sociologia e Política de São Paulo na cátedra de História Econômica do Brasil.
Viveu também na Itália entre 1953 e 1955 ocupando a cátedra de estudos brasileiros da Universidade de Roma e, em 1958, assumiu a de História da Civilização Brasileira da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, fato que lhe motivou a composição da obra "Visão do Paraíso" (1959).
Em 1958 ingressou na Academia Paulista de Letras, sendo laureado com o Prêmio Edgar Cavalheiro do Instituto Nacional do Livro pela obra "Caminhos e Fronteiras". Em 1960 passou a coordenar o importante projeto "História Geral da Civilização Brasileira", contribuindo com uma série de artigos e, em 1962, assumi a presidência do recém fundado Instituto de Estudos Brasileiros. Entre 1963 e 1967 foi professor convidado em universidades do Chile e dos EUA, participando de missões culturais pela Unesco no Peru e Costa Rica, sendo que em 1969 em solidariedade a "aposentadoria compulsória" de seus colegas da USP pelo regime militar, encerra sua carreira como docente.
Contudo permaneceu ativo até o ano de sua morte em 1982, publicando e produzindo, participando ainda em 1980 da fundação do Partido dos Trabalhadores e recebendo neste mesmo ano, os prêmios Juca Pato da União Brasileira dos Escritores e, Jabuti, pela Câmara Brasileira do Livro.
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