Mas não tenho dúvidas quanto ao impacto que "As horas" (The Hours, 2002, EUA, ING, 114, Cor, Drama) de Stephen Daltry baseado na obra de Michael Cunninghan causou a mim a àquela sala de exibição da qual me lembro bem, a todos imergiu num silêncio em meio a angústia.
E certamente não o foi pela magistral interpretação de Nicole Kidman como a escritora Virginia Woolf, a primeira das 3 personagens-histórias-mulheres retratadas na trama narrada paralela e alternadamente. Destas, a trama se desdobra em períodos temporais históricos e contextos distintos que, de algum modo, se conectam na intrincada história aqui roteirizada e filmada com maestria. E talvez por isso o silêncio daquelas duas horas de exibição as quais ao final, igual silêncio imperou calando nós espectadores, como os leitores à medida que visualizam as imagens implícitas e sugeridas nas palavras impressas no papel, nas tantas questões da vida que no filme foram bem harmonizadas, sobretudo pelas palavras de Woolf em carta ao marido lida "in off" ao final do filme e, por isso, muito familiarmente literário, embora o fundo de angústia num contraste de beleza em imagens e palavras.
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