São áreas complexas e distintas por sua natureza de conteúdo e desdobramentos de suas reflexões aos quais escritores e filósofos, ora mais, ora menos, se dedicam.
E apesar de milênios de história e de uma considerável soma de contribuições de todos os tipos e naturezas organizadas pelas constantes sistematizações do saber, ainda permanecem insatisfatórios os conceitos sobre afinal o que seja a filosofia? Porém o mesmo podemos dizer da literatura.
Áreas e saberes que no mundo Ocidental muitas vezes se confundiu responder com a descrição de seus objetos, as implicações de suas naturezas e relações ou características como se fossem as próprias e, nisto, só gerando ainda mais confusões e imprecisões.
Assim filósofos e literatos até hoje não foram capazes de conceituarem satisfatoriamente suas próprias áreas no que, curiosa e ironicamente, às vezes o fazem com mais pertinência ao escreveram sobre uma outra do que acerca de sua própria.
Todavia é inegável que a literatura (que não é filosofia) seja talvez a que mais e melhor a explica e expressa, sendo a filosofia igualmente a expressão do pensamento na chamada reflexão que, melhor abriga as idéias onde despidas das palavras, um dia, poderão se tornar literatura.
E mesmo que uma não seja a outra e, menos ainda, se torne a outra, impossível não reconhecer suas implicações que na liminaridade relacional de ambas, tornam-se impossíveis de serem distinguidas ou mesmo separadas.
E isto sem falar da poesia, esta sim, de relação ainda mais intensa e marcante com a filosofia ao longo dos tempos como atestam o "De rerum natura" do Pré-socrático Parmênides ou, da expulsão dos poetas da "República" feita por seu autor, Platão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário