Como todo bom filme adaptado de um obra de igual qualidade no caso a peça de teatro: "As bruxas de Salém" (The Crucible, 1996, EUA, 124 min, Cor, Drama) de Arthur Miller em filme dirigido por Nicholas Hytner, este narra trama de um modo virtiginoso com as boas atuações do elenco em particular de Daniel Day-Lewis e Winona Ryder, acerca do julgamento e condenação por bruxaria no povoado de Salém (Massachusetts) em 1692.
É interessante notar a presença implícita do conflito étnico-racial no contexto cultural adverso de então, onde se forjam as suspeitas de feitiçaria quando estas não passam da prática de vodu e, principalmente, dos interesses políticos que se imiscuem disfarçados na história que faz pensar critica e reflexivamente, tanto no julgamento levado à cabo pelos puritanos, quanto no oportunismo dos interesses que nada tem com a religião embora dela se sirvam para serem alcançados.
Aqui bem retratados nas práticas do "a qualquer custo", inclusive o de vidas e da suposta verdade e razão que se perdem em meio aos absurdos e mesquinharias ao sabor das inquisições que aos poucos, a todos devora e compromete.
Um filme que faz pensar em contextos distintos como o religioso (inquisições) e em particular o político, quando entre outros em meio ao "macartismo" que no fim da década de 40 e durante a de 50 nos EUA, vigorou numa autêntica retomada ao método de Salém e de sua "caça as bruxas", esta, voltada para a "bruxaria" do Comunismo.
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