Confirmando a perenidade implícita de um clássico, esta "adaptação" do "Dom Quixote" de Cervantes no "Dom Quixote das Crianças" (Brasilense, 1996, 96 págs. Esgotado) feita por Monteiro Lobato (1882-1948) é tão célebre quanto genial, razão pela qual é sempre reeditada (atualmente pela Globo) com mais de 30 edições, embora haja uma outra com o mesmo título de autoria de Rosa Navarro Duran e Francesc Rovira (Paulinas, 2008, 248 págs., R$ 35,10).Sinopse:
"Bisbilhotando na estante de Dona Benta, Emília descobre um livro que nunca tinha visto - 'Dom Quixote de La Mancha'. Dona Benta começa a leitura da obra para os meninos, mas eles tropeçam no estilo do autor, muito rico e muito difícil. A paciente senhora decide, então, interromper a leitura, e conta a história com suas próprias palavras."
Um comentário:
Leitor assíduo de Lobato, eu conheço a obra em questão e asseguro que sua leitura é tão boa, quanto divertida. O autor consegue recriar com maestria as desventuras do Cavaleiro da Triste Figura, com destaque para os comentários e apartes que as crianças fazem durante a narrativa de Dona Benta.
Também destaco outras duas obras em que Dom Quixote comparece, embora não seja a personagem dominante: "O picapau amarelo" e "Os doze trabalhos de Hércules", sendo que nesta última o personagem cervantino é descrito como um "herói às avessas", coisa que Hércules não consegue compreender.
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