Se em "Confissões" (2009, Vozes, 367 págs., R$ 51,40) Agostinho de Hipona (atual Argélia) ou Santo Agostinho (354-430) registrou reflexivamente seus desvios, erros e pecados, talvez não imaginasse com isso inaugurar o próprio "gênero confessional" com que influenciaria muitos outros pensadores, autores e escolas do pensamento na tradição ao longo ds tempos. Agostinho como pensador da Igreja do então nascente Cristianismo que lutava para se firmar ante as muitas doutrinas antigas e contemporâneas suas e, que com ele concorriam, nisto, de algum modo sincretizando e inserindo na doutrina cristã as influências e práticas que, posteriormente seriam objeto de cizânia e concílios em acerbas disputas. Aqui porém, trata-se de uma obra inteiramente de cunho pessoal ainda que sirva à fé católica apostólica romana (e a história do Cristianismo) registrando o desenvolvimento da própria Igreja quanto instituição em seu amadurecimento e pensamento filosófico. São diversos os livros-capítulos de inigualável e inestimável reflexão como o X "O encontro de Deus" e XI "O homem e o tempo" na parte II da obra.
A edição brasileira mais conhecida é feita pela Vozes num único volume (traduzido por J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina) e, dividido em duas partes, sendo a primeira com os livros I a IX e a segunda de X a XIII, é também elogiosa a editada pela Fundação Calouste Gulbenkian de Portugal.
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