Inspirado no romance de James Fenimore "O Último dos Moicanos" (The Last of the Mohicans, 1992, EUA, 122 min., Cor, Aventura) o filme de Michael Mann, contextualiza a Guerra dos 7 anos (1756-1763) entre franceses e ingleses que então, disputam territórios pelo mundo e neste, a América do Norte que alguns anos mais tarde se tornaria independente da Inglaterra. Nisto o faz com riqueza de fatos e detalhes do período que antecederam a Independência americana (04 de Julho de 1776) e, em particular, de alguns elementos que viriam a alterar profundamente o colonialismo inglês e sua relação com as colônias americanas (atual Canadá e Estados Unidos) onde militarmente, venceram os franceses. É um período de intensas e profundas transformações na passagem temporal que levaria a Idade Contemporânea das quais a Revoluções Industrial no Reino Unido, Americana (1776) e Francesa (1789). A história do filme se passa em época pouco anterior e, retrata bem as manipulações dos nativos indígenas por ambos os lados do conflito em suas ambições de conquista e dominação. Se por um lado a história é pouco convincente com um branco aculturado por indígenas (Lewis) e, que se apaixona pela filha de um oficial inglês (Stowe), por outro, ilustra com alguma satisfação as relações entre nativos e europeus, colonos e metropolitanos, envoltos em conflitos de muitos interesses onde contrastam os valores e diferenças culturais. São belíssimas as cenas retratadas nas filmagens e cenários, além dos figurinos de época e técnicas usadas ao retratarem as batalhas e conflitos que no filme, perpassam a inusitada história de amor, só possível em terras do "novo mundo", embora inverossímil como aliás, é a história da própria América.
Um lugar como diria o escritor colombiano e Nobel de literatura Gabriel García Márquez "onde a ficção é mais real que a realidade".
Nenhum comentário:
Postar um comentário