Penso que muitas vezes a temos equivocadamente certos temas como "centrais" para áreas que, no caso da literatura, passam longe de sentimentos ou temas outros que não os celebrados pela religião, consagradas pela moral e bons costumes (mesmo quando criticados) ou contemplados pelas ciências.
Contudo Alexandre Dumas (1802-1870) em seu "Le Comte de Monte Cristo" (1844) traça uma história aqui bem adaptada ao cinema sob o mesmo título "O Conde de Monte Cristo" (The Count of Monte Cristo of 2002, EUA, 131 min, Cor, Drama). E embora haja uma história de amor bem situada no contexto da época no plano da obra literária e cinematográfica, é a partir da injustiça que toda saga movida pelo sentimento de vingança que torna o personagem, central da trama, um dos mais interessantes numa emocionante história. Destaca-se também o valor dos livros e a partir dos mesmos da cultura do saber que, quando prisioneiro é estimulado por um padre companheiro de prisão a ler, conhecer e estudar para aos poucos, urdir sua fuga e preparar-se para o reencontro e revanche com seu verdugo, outrora tido como amigo que lhe subtrai tudo e por pouco até a própria vida, esta agora inteiramente renovada e que, sedenta de vingança, aure nela sentimento e forças para continuar sua trajetória de superação rumo ao acerto de contas e ajuste final.
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