A "Divina Comédia" (aprox. 1321) de Dante Alighieri (1265-1321) é a mais exaemplar obra que aborda e descreve a cosmologia o homem e período medieval que concebia divisão do universo em círculos concêntricos. Nascida originalmente Comédia, mais tarde acrescida do "Divina" por Boccaccio (1313-1375). Poema épico com aspectos teológico, literário, unindo o passado clássico e o mundo moderno de então, une como originalidade ímpar numa viagem espiritual narrativa imensa pleiade de ícones célebres dos tempos, a começar por Virgílio (70 a. C. -19 a. C.) guiando de Dante pelo Inferno, Purgatório até o Paraíso, mas com a presença de personagens mitológicos e de outras tantas da história. Nominada comédia não por sê-la no gênero de natureza cômica, mas pelo término feliz, contrastando em oposição ao gênero literário da tragédia, a mesma que foi pintada por pintores como Botticelli (1445-1510), Gustavé Doré (1832-1883) e Salvador Dalí (1904-1989) e celebrada direta e indiretamente em filmes, livros e canções. A obra foi concebida em dialeto toscano ou língua vulgar, à qual serviu como um padrão ao que hoje temos como língua italiana, contrariando à época o senso-comum que empregava do latim nas obras literárias. Foi um visionário e como tal, teve o exílio decretado de sua cidade, um dos muitos aspectos de sua vida tão célebre e fascinante quanto a própria obra.
A mesma que no Brasil foi estudada entre outros por Haroldo de Campos (1929-2003) em "Pedra e luz na poesia de Dante" (1998, Imago) assim o fizera em "6 cantos do Paraíso" (1976, Fontana) ganhando diversas traduções dentre as quais destacam-se a da editora Itatiaia (2006) com uma excelente introdução à obra, Cultrix (1996) e mais recentemente a bilíngue feita por Ítalo Eugênio Mauro, pela editora 34.
A mesma que no Brasil foi estudada entre outros por Haroldo de Campos (1929-2003) em "Pedra e luz na poesia de Dante" (1998, Imago) assim o fizera em "6 cantos do Paraíso" (1976, Fontana) ganhando diversas traduções dentre as quais destacam-se a da editora Itatiaia (2006) com uma excelente introdução à obra, Cultrix (1996) e mais recentemente a bilíngue feita por Ítalo Eugênio Mauro, pela editora 34.
Há também uma versão infanto-juvenil adaptada para este público (2003, Scipione).
Vale conhecer também o "Por que ler Dante" de Eduardo Sterzi (2008, Globo), "Dante" de Hilário Franco Jr. (2000, Ateliê) e "Dante" de R. W. B. Lewis (2002, Objetiva), que ao retratarem o autor, abordam sua maior obra.
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