É realmente como diz na capa da revista abaixo do título principal em destaque: "Não adianta torcer o nariz. Entenda por que milhões de brasileiros encontram nesses livros inspiração, amparo e soluções reais para seus problemas."
Pois então, o que fazer?
Natural que nestes tempos de anomia, anarquia por falta (ou melhor por excesso) de referências, padrões e orientações que façam fraquejar a educação e instrução (da família à escola e universitária) tornando o sujeito, potencialmente, alguém que acabe por entender e se apoiar nas coisas de um modo "religioso", místico e por isso... dá-lhe "autoajuda".
Suspeito que também haja pelas tecnologias do mundo moderno que nos facultam tantas comodidades, aquele asseio com constante estímulo para o não pensar crítico que tantos apáticos e infantilóides produz, para depois, os mesmos, se converterem numa parcela do público consumidor deste tipo de "literatura". Ou então, converter a LITERATURA na mesma autoajuda, sob o viés do sujeito que não lendo como leitor, lê como um crente ou fiel em busca de "iluminação", saída e solução para os problemas.
Confesso e admito minha dose de intolência e impaciência com este tipo de leitor e literatura, reconheço que de algum modo, toda e qualquer uma se preste a um tipo de (des)orientação, inclusive as "sacras" como a própria Bíblia entre outros livros que muita gente lê e venera, mas nem sempre, sequer entende. Dai que o leque de autores, áreas e temas deste filão varie tanto, não raro prometendo absurdos e com larga frequência descrevendo obviedades que só encantam e arrebatam quem, em geral na própria vida, leu e lê muito, muito pouco.
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