quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"O outono da Idade Média" de Johan Huizinha

Finalmente chega ao país numa primorosa edição pela Cosac Naify, traduzida diretamente do holandês por Francis Petra Janssen, o clássico da História e historiografia medieval: "O outono da Idade Média", de Johan Huizinga (1872-1945).
Apesar do preço salgadíssimo (R$ 140,00) a obra é uma caprichada edição com 320 ilustrações primorosas ao longo de suas 656 páginas com anexos, o que compensa o investimento, quer seja pela importância no contexto do pensamento e reflexão da história da cultura, quer pelas inaugurais perspectivas em aspectos até então impensados pela ciência histórica. Isto, a partir do próprio autor, um homem avesso a seu tempo e modernidade, possuidor de vasta cultura e conhecimento eruditos.
Até então os leitores de língua portuguesa contavam com uma edição vertida da inglesa pela editora Ulisseia (Lisboa-Rio de Janeiro), traduzida por Augusto Abelaira, na série "Pelican Books", da consagrada e recém chegada ao Brasil Penguin Books, porém, com o título "O Declínio da Idade Média".
Sinopse:
"Publicado em 1919, este livro é uma obra de Johan Huizinga (1872-1945), sendo publicado em mais de vinte línguas. Traduzido para o português a partir do original holandês, esta edição é resultado de pesquisas que reestabeleceram o texto original. Aqui, a Idade Média é vista na plenitude de seus contrastes, distante do lugar-comum segundo o qual ela não passaria de uma transição, longa e letárgica, entre o brilho da Antiguidade e do Renascimento. O autor mostra as formas de vida e de pensamento medievais, tal como se expressaram na cultura, na arte, na religião e no pensamento, e também nos modos de expressão da felicidade, do sofrimento, do amor e do medo da morte no dia-a-dia das pessoas. Combinando a crença no poder revelador da obra de arte e um olhar muito semelhante ao de um antropólogo, Huizinga se tornou um pioneiro do que mais tarde se denominou história das mentalidades. Com 320 ilustrações, o volume inclui ainda uma entrevista com Jacques Le Goff e um ensaio biográfico de Peter Burke."

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