Arthur, nosso protagonista, está confortavelmente acostumado com o movimento do barco da vida. Como bom inglês, toma o chá das cinco todas as tardes. Mas eis que ele é tirado abruptamente do seu mundo alguns instantes antes da destruição completa da Terra, e ainda de roupão, parte por uma louca viagem por toda a imensidão da galáxia.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
PUBLICAÇÃO: Textos vencedores do Concurso Literário "Deus sabe de tudo e não é dedo duro"
Arthur, nosso protagonista, está confortavelmente acostumado com o movimento do barco da vida. Como bom inglês, toma o chá das cinco todas as tardes. Mas eis que ele é tirado abruptamente do seu mundo alguns instantes antes da destruição completa da Terra, e ainda de roupão, parte por uma louca viagem por toda a imensidão da galáxia.
RESULTADO: Concurso Literário "Deus sabe de tudo e não é dedo duro"
E a literatura no projeto cultural?
Neste mesmo universo simbólico vale também salientar que a presidente Dilma, em seu discurso de posse, incluiu entre os bens culturais citados a literatura, outro fato inédito.
Os Lusíadas relidos no Gabinete Real Português
O Polo de Pesquisa sobre Relações Luso-Brasileiras (PPRLB) inicia as comemorações de seu 10º aniversário convidando a todos para uma detida releitura da epopeia camoniana, guiada pela voz crítica de mestres conceituados e apaixonados, que – examinando cantos, ou ecos e espelhos, ou temas afins – evidenciam a beleza e a vigorosa atualidade do texto quinhentista.
Coordenação: Profª. Doutora Gilda Santos (UFRJ/ PPRLB)
Real Gabinete Português de Leitura
Centro de Estudos: Polo de Pesquisa sobre Relações Luso-Brasileiras – PPRLB
Rua Luís de Camões, 30 (Centro) – CEP 20051-020 – Rio de Janeiro – RJ
Tel: 2221-3138 E-mail: gabinete@realgabinete.com.br
Período: de 14/03/11 a 20/04/11 – 24 aulas, 12 aulas, às 2ªs e 4ªs feiras
Inscrições: das 14 às 17:45
Estudantes: 15,00
Demais: 20,00
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Concurso Literário “Deus sabe tudo e não é dedo duro"
Escrito pelo jornalista Juliano Nery, o livro “Deus sabe tudo e não é dedo duro e outras histórias” reúne crônicas do autor publicadas na imprensa. Suas histórias retratam o cotidiano, que servem como pano de fundo para suas reflexões.
Entrevistado pelo blog Palimpsestos, Juliano cedeu gentilmente dois exemplares do seu livro para serem sorteados entre os leitores do blog.
CRITÉRIOS PARA PARTICIPAR:
Para participar é fácil: basta se tornar um seguidor do blog Palimpsestos e enviar para o e-mail palimpsestosjf@gmail.com uma resposta à seguinte pergunta: qual é a sua obra literária predileta e por quê?
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Tom Jobim (1927-1994)
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
"Berlinale – 61 Internationale Filmfestspiele Berlin"
Neste ano de 2011 o evento acontece de 10 a 20 de fevereiro e logo no início do mês a programação já estará no website oficial (em inglês ou alemão):
http://www.berlinale.de/
De tudo um pouco...
Caravana da Artesania em JF
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
"Prémio Fernão Mendes Pinto"
Obs: Para além do prêmio monetário, a obra do laureado será publicada pelo Instituto Camões.
O vencedor do Prémio Fernão Mendes Pinto, edição 2010, será anunciado no XXI Encontro da AULP- Associação das Universidades de Língua Portuguesa, no Instituto Politécnico de Bragança, entre os dias 6 e 9 de Junho de 2011.
Caixa Postal: 1050-203 Lisboa – Portugal
Telefone: (+351) 217 816 360/ 217 816 365
www.aulp.org
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Lei Municipal de Incentivo à Cultura e ao Esporte Alcyr Pires Vermelho - FUNDARTE / Prefeitura de Muriaé
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
"My French Film Festival"
sábado, 15 de janeiro de 2011
Desista!
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Revista Cultural "Nota independente"
Para conhecer a revista, acesse: http://www.notaindependente.com.br/
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
10ª Campanha de Popularização do Teatro de Juiz de Fora
Confira a programação:
María Elena Walsh (1930-2011)
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Lançada biografia de Baudelaire
Como o mais moderno de todos os poetas, traz para dentro de sua obra a crise que se instaura num mundo onde é impossível fazer conviver uma sensibilidade exacerbada (aristocrática) e a experiência de estar no âmago de uma civilização moderna (burguesa). Sua obra traduz e amplia essa crise, nos revelando o êxtase da imaginação, as dores da sensualidade, o grotesco dos desejos, o tédio e a riqueza da vida na mais moderna e cultural das capitais do mundo, Paris.
Inovando não só na poesia, onde criou, segundo Victor Hugo, "un nouveau frisson", Baudelaire também foi um exímio crítico de pintura, música e literatura, além de tradutor para o francês da obra do escritor Allan Poe, que considerava sua alma gêmea. Sua poesia influenciou a nova geração de poetas que despontou logo a seguir, como Rimbaud, Verlaine, Mallarmé, Valéry, para ficar apenas no século XIX. Importantes estudiosos da cultura se debruçaram sobre seu trabalho, como Walter Benjamim, Sartre, T. S. Eliot, Paul Valéry, Bernard-Henry Lévy, entre outros, sendo Baudelaire também um dos poetas mais estudados pela crítica literária acadêmica do mundo.
Confira o poema Gênio do Mal, presente no livro “As Flores do Mal”:
Gostavas de tragar o universo inteiro,
Mulher impura e cruel! Teu peito carniceiro,
Para se exercitar no jogo singular,
Por dia um coração precisa devorar.
Os teus olhos, a arder, lembram as gambiarras
Das barracas de feira, e prendem como garras;
Usam com insolência os filtros infernais,
Levando a perdição às almas dos mortais.
Ó monstro surdo e cego, em maldades fecundo!
Engenho salutar, que exaure o sangue do mundo
Tu não sentes pudor? o pejo não te invade?
Nenhum espelho há que te mostre a verdade?
A grandeza do mal, com que tu folgas tanto.
Nunca, jamais, te fez recuar com espanto
Quando a Natura-mãe, com um fim ignorado,
— Ó mulher infernal, rainha do Pecado! —
Vai recorrer a ti para um génio formar?
Ó grandeza de lama! ó ignomínia sem par.
Mais informações aqui.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Chamadas para postagens sobre a obra de Goethe
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Doc.: Sophia de Mello Breyner Andresen
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
VIII Concurso Literário virArte
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
"Lisbonne", Sophia de Mello Breyner Andresen
Digo: "Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do seu próprio nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
Colóquio: Portugal entre desassossegos e desafios
"Billy the Kid"
Tal pedido que, na verdade, lhe fora prometido à época pelo então governador Lew Wallace (que serviu como general na Guerra Civil americana e é autor de "Ben Hur") se testemunhasse contra um grupo de extermínio.
domingo, 2 de janeiro de 2011
"Mar de Sophia"
sábado, 1 de janeiro de 2011
Aleph, 2011
[...] Vi o populoso mar, vi a aurora e a tarde, vi as multidões da América, vi uma prateada teia de aranha no centro de uma negra pirâmide, vi um labirinto roto (era Londres), vi intermináveis olhos próximos percrustrando-me como num espelho, vi todos os espelhos do planeta e nenhum me refletiu, vi num pátio da rua Soler as mesmas lajotas que, há trinta anos, vi no vestíbulo de uma casa em Fray Bentos, vi cachos de uva, neve, tabaco, veios de metal, vapor de água, vi convexos desertos equatoriais e cada um de seus grãos de areia, vi em Inverness uma mulher que não esquecerei, vi a violenta cabeleira, o altivo corpo, vi um câncer no peito, vi um círculo de terra seca numa calçada onde antes existira uma árvore, vi uma chácara de Adrogué, um exemplar da primeira versão inglesa de Plínio, a de Philemon Holland, vi, ao mesmo tempo, cada letra de cada página (em pequeno, eu costumava maravilhar-me com o fato de que as letras de um livro não se misturassem e se perdessem no decorrer da noite), vi a noite e o dia contemporâneo, vi um poente em Querétaro que parecia refletir a cor de uma rosa em Bengala, vi meu dormitório sem ninguém, vi num gabinete de Alkmaar um globo terrestre entre dois espelhos que o multiplicam indefinidamente, vi cavalos de crinas redemoinhadas numa praia do mar Cáspio, na aurora, vi a delicada ossatura de uma mão, vi os sobreviventes de uma batalha enviando cartões-postais, vi numa vitrina de Mirzapur um baralho espanhol, vi as sombras oblíquas de algumas samambaias no chão de uma estufa, vi tigres, êmbolos, bisões, marulhos e exércitos, vi todas as formigas que existem na terra, vi um astrolábio persa, vi numa gaveta da escrivaninha (e a letra me fez tremer) cartas obscenas, inacreditáveis, precisas, que Beatriz dirigira a Carlos Argentino, vi um adorado monumento em La Chacarita, vi a relíquia atroz do que deliciosamente fora Beatriz Viterbo, vi a circulação de meu escuro sangue, vi a engrenagem do amor e a modificação da morte, vi o Aleph, de todos os pontos, vi no Aleph a terra, e na terra outra vez o Aleph, e no Aleph a terra, vi meu rosto e minhas vísceras, vi teu rosto e senti vertigem e chorei, porque meus olhos haviam visto esse objeto secreto e conjetural cujo nome usurpam os homens, mas que nenhum homem olhou: o inconcebível universo. [...]"