Abro o Google na manhã desta quinta-feira e me deparo com um daqueles desenhos que indicam que o dia de hoje não é um dia como outro qualquer. E mesmo sabendo que o clique neste tipo de imagem vai me direcionar para uma página de busca sobre o dia internacional da dança ou sobre a Guerra de Secessão estadunidense, decidi arriscar.
Para minha surpresa, o homenageado da vez não é um evento e sim um personagem da música popular brasileira: Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, ou, simplesmente, Tom Jobim (1927-1994) que hoje completaria 84 anos se vivo estivesse.
A obra de Jobim inclui várias composições que se tornaram ícones do cancioneiro popular brasileiro, como Garota de Ipanema, Corcovado, Samba de uma nota só, Por causa de você e Luiza, entre muitas outras. E essa condição antológica se deve à qualidade de suas obras e ao quilate de seus intérpretes, cuja lista inclui nomes como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald.
Um ponto que aproxima o músico da literatura é a composição Águas de março (1972). A letra desta canção possui uma coesão que se explicita apenas pela sucessão de idéias e imagens, com pausas que ajudam a conectar tais "flashes" e, de quebra, contribui para o ritmo da composição. Outro ponto de contato de Jobim com a literatura são as várias trilhas sonoras escritas para filmes como Orfeu da Conceição (1958) e Crônica da casa assassinada (1971), entre outros.
Também é importante destacar a prolífica parceria com o poeta Vinicius de Moraes, com quem compôs grande quantidade de canções e assentou as bases da chamada Bossa Nova. Abaixo um vídeo de Soneto de Separação, poema de Vinicius musicado por Tom e que é uma pequena amostra do bom resultado da referida parceria entre os dois.
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