terça-feira, 31 de agosto de 2010

"História do corpo" de Jean-Jacques Courtine, Alain Corbin e Georges Vigarello

Em "História do corpo" de Jean-Jacques Courtine, Alain Corbin e Georges Vigarello (Org) 1° vol. 664 págs, "Da Renascença as Luzes" (2008), 2° vol. 512 págs, "Da Revolução a Grande Guerra" (2008) e 3° vol. 616 págs, "As mutações do olhar - O século XX" (2008), editora Vozes, organizam vasta obra inteiramente dedicada ao corpo sob quase todos os aspectos nos últimos 500 anos de História.
Sinopse:

"O primeiro volume descreve como a história do corpo passa pelo universo religioso e pela maneira como a Igreja, pela palavra e pelo texto escrito ou a imagem, influenciam os comportamentos, propõem modelos que se impõem aos fiéis que vivem seu corpo em relação com o religioso e o sagrado. O corpo exaltado em sua materialidade e em sua concepção alegórica, o corpo político, a concepção religiosa do corpo, a medicina antiga e os saberes populares contrapostos à ciência moderna que recorre ao imaginário da mecânica, da física e da química da época, que investiga o interior do corpo, a circulação, a estrutura e a força das fibras. "

"O segundo volume de 'História do corpo' traz uma abordagem em torno do religioso, do medicinal e do corpo trabalhado e modelado. Evocando as representações do onanismo, da homossexualidade, das perversões, o imaginário erótico colonial, Alain Corbin distingue as novas representações que marcam o fim do século XIX e anunciam o século XX - por um lado, o surgimento de uma ciência do sexo que precede a difusão das obras de Freud; por outro lado, a ameaça venérea, das doenças hereditárias e da degeneração que envolve a união física com a consciência de que 'o prazer traz consigo a morte'. "

"O terceiro volume de 'História do corpo' aborda o século XX com as diferentes mutações do olhar sobre o corpo, suas representações, seu uso e seu desgaste, sua exploração e seu culto, a estética e o espetáculo. Essas mutações profundas, sentidas na carne, constituem igualmente mutações no olhar que se depositou sobre o corpo. O deslocamento das relações entre saúde e doença, entre corpo normal e corpo deformado; a vida e a morte em uma sociedade medicalizada cada vez mais especializada; a legitimidade atribuída ao prazer ao mesmo tempo em que a emergência de novas normas e novos poderes biológicos e políticos; a busca do bem-estar individual e a extrema violência da massa, o contato da pele na vida íntima e a saturação do espaço público pela frieza dos simulacros sexuais; estes são alguns dos paradoxos e dos contrastes no centro dos quais se constituiu a relação do indivíduo contemporâneo com seu corpo."

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