Depois de postar sobre a intenção da União da Ilha do Governador de transpor para a avenida o "Dom Quixote", achei interessante vasculhar os baús da dona História em busca de outras situações em que as escolas de samba apostaram em obras literárias como tema de seus desfiles.
Essa prática, mais comum em décadas passadas, tinha como grande vantagem (ao meu ver) o fato de permitir aos compositores exercitar sua criatividade para elaborar sambas de cunho marcadamente poético que faziam uma segunda leitura de obras literárias e as disponibilizavam ao grande público. Se era uma leitura correta ou não, é uma outra discussão. Mas que era uma iniciativa válida, isso era.
Afinal, num país onde 83% da população não costuma adquirir livros, qualquer esforço de levar a arte é válido. O problema é que os desfiles de hoje em dia, verdadeiras óperas de rua, não valorizam temas que não rendem patrocínios milionários.
A partir de hoje trarei algumas gravações de sambas enredos que tratavam de livros. Não tentarei seguir uma ordem cronológica, as postagens irão se suceder de acordo com meus achados de escafandrista.
Neste post vou disponibilizar o samba da Beija-Flor de Nilópolis, do ano de 1963. Composto por Cabana, o samba apresenta, de José de Alencar, o romance "O guarani". Considerado por muitos sambistas uma das melhores composições da história da agremiação nilopolitana, a obra consegue retratar com fidelidade e lirismo o amor do índio pela moça branca. A gravação aqui apresentada é de Neguinho da Beija-Flor, do ano de 1993, para uma coletânea organizada pela gravadora Sony.
Essa prática, mais comum em décadas passadas, tinha como grande vantagem (ao meu ver) o fato de permitir aos compositores exercitar sua criatividade para elaborar sambas de cunho marcadamente poético que faziam uma segunda leitura de obras literárias e as disponibilizavam ao grande público. Se era uma leitura correta ou não, é uma outra discussão. Mas que era uma iniciativa válida, isso era.
Afinal, num país onde 83% da população não costuma adquirir livros, qualquer esforço de levar a arte é válido. O problema é que os desfiles de hoje em dia, verdadeiras óperas de rua, não valorizam temas que não rendem patrocínios milionários.
A partir de hoje trarei algumas gravações de sambas enredos que tratavam de livros. Não tentarei seguir uma ordem cronológica, as postagens irão se suceder de acordo com meus achados de escafandrista.
Neste post vou disponibilizar o samba da Beija-Flor de Nilópolis, do ano de 1963. Composto por Cabana, o samba apresenta, de José de Alencar, o romance "O guarani". Considerado por muitos sambistas uma das melhores composições da história da agremiação nilopolitana, a obra consegue retratar com fidelidade e lirismo o amor do índio pela moça branca. A gravação aqui apresentada é de Neguinho da Beija-Flor, do ano de 1993, para uma coletânea organizada pela gravadora Sony.
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