Franz Kafka (1883-1924) dileto filho do judaísmo na Praga (atual capital e maior cidade da República Checa) do final do século XIX e início do XX, escrevendo literatura ficcional em língua alemã, vivendo num contexto em que tais particularidades, acentuaram ainda mais a singularidade de sua vida. Uma existência em que como advogado insatisfeito pelo ofício e filho oprimido pela família, em particular pelo pai, o fez imergir ativamente na vida cultural à qual a expressão da escrita deu-lhe vez e lugar para realizar-se e, nela, quase sublimando a mesma vida precocemente interrompida pela tuberculose. Suas experiências amorosas foram intensas, embora não plenamente realizada com o casamento desejado, assim como seu pedido, frustrado, ao amigo Max Brod a quem pedira a queima de todos seus escritos. A produção de sua lavra literária verte nos gêneros romances, novelas e contos, com narrativas e temas surpreendentemente simples quão brilhantes na abordagem, embora em sua maioria inacabados e publicados postumamente. A simplicidade genial que se percebe a partir dos títulos em obras como "Contemplação", "O veredicto" e "O foguista" (1912), "Na colônia penal" (1914), "Um médico rural" (1919), "Um artista da fome" (1922-1924), "Carta ao pai" (1919) e da tríade de suas obras mais conhecidas "O processo" (1914), "O castelo" (1922) e "A metamorfose" (1912). Ao conhecermos sua biografia, evidenciam-se a origem dos motes e das "fontes inspiradoras" para suas histórias, as mesmas que justificaram o termo "kafkiano" e alçaram o autor à consagração universal. Aquela que não conheceu em vida e, no entanto, o imortaliza numa perene influência que segue marcante na cultura universal.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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