terça-feira, 20 de julho de 2010

"Crime e Castigo" de Fiódor Dostoiévski

Concebida pelo célebre escritor russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881)[1], a obra do ano narra os dramas psicológicos sofridos por um jovem estudante (Raskólnikov) que deixa a faculdade de direito em função de sua precária situação financeira e comete um crime. Na tentativa de preservar sua dignidade e explicar esta quebra dos limites, Raskólnikov entende que há homens ordinários e extraordinários, e observa que, na história, os grandes homens, como Napoleão, foram absolvidos de seus crimes ao fazerem algo em prol do avanço ou da mudança da humanidade. Neste contexto de “crime permitido”, Dostoiévski explora os conflitos entre a justificação racional dos atos humanos e o sentimento moral de culpa, entre as idéias éticas e políticas.


[1] Crime e castigo (1866) marca o início da etapa dos seus grandes romances. Em continuidade a esta etapa seguem-se: O idiota (1868); Os demônios (1872); Os Irmãos Karamázov (1880).

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