segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"Cabeza de Vaca" de Paulo Markun

O jornalista Paulo Markun lança a mais nova biografia do navegador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca (1492-?) ou "Cabeza de Vaca" (Cia das Letras, 304 págs., R$ 42,00), um dos personagens da era das Grandes Navegações e Conquistas, dos mais fascinantes, embora não tão célebre como Francisco Pizarro González (1476-1541) ou Hernán Cortés Monroy Pizarro Altamirano (1485-1547) a quem a História legou maior fama e prestígio pelas consquistas dos impérios Maia e Inca. Estes, no mesmo continente americano inóspito e pouco conhecido pelos europeus que então, disputavam sua posse e a dos muito "tesouros", numa ânsia liderada por portugueses e espanhóis. Sua obra "Naufrágios e comentários" foi publicada por aqui pela L&PM (1999) e sua história acidentada e surpreendente pela riqueza de sua trajetória, com amplas viagens pelo continente americano de norte a sul, decerto lhe dão uma singularidade maior as histórias conhecidas de seus conterrâneos conquistadores, a qual a obra de Markun, vem enriquecer e contribuir para maior e melhor conhecimento sobre este personagem que embora fascinante, permanece ainda pouco conhecido.

Sinopse:
"Paulo Makun narra a história Álvar Núñez Cabeza de Vaca, um desbravador do século XVI. Neto de um guerreiro, o fidalgo espanhol deixou sua casa em Jerez de la Frontera quando adolescente, para se tornar soldado profissional. Lutou na Itália e foi gravemente ferido. Recuperado, serviu como camareiro de um duque e envolveu-se em várias peripécias. Depois de combater um movimento rebelde, embarcou rumo à Flórida, na condição de tesoureiro real. Cabeza de Vaca sobreviveu a três naufrágios, curou índios, atravessou nu e descalço, parte dos atuais Estados Unidos e México, voltou à Espanha e obteve um cargo como recompensa por suas desditas. Depois de nova viagem, tomou posse de Santa Catarina, na condição de seu primeiro governador. Atravessou a pé o território brasileiro, chegando a Assunção. Dali, partiu novamente em busca de uma serra misteriosa, feita de prata, até ser imobilizado pela malária. Ao retornar à cidade, foi deposto por seus opositores. Passou quase um ano preso e voltou para casa como traidor e prisioneiro, quando um temporal mudou sua sorte mais uma vez. Para reconstituir essa história, Paulo Markun confrontou a obra autobiográfica de Cabeza de Vaca com os depoimentos de testemunhas ouvidas em vários processos judiciais na Espanha."

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