segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Paulo Leminski: 20 anos

Lá se vão 20 anos sem Paulo Leminski (1944-1989).
Contudo para sempre teremos seus versos, na presença imorredoura de sua palavra que em tantas lavras e formas, cativou certo e bem, lugar aos amantes do verbo com sua genial prosa e poesia. O conheci aos poucos, como que me molhando até ficar empapado nas gotas singelas de uma chuva lírica que, só mais adiante, viriam a ter mensura num livro "Distraídos venceremos" (1987, Brasiliense) entre outros tantos, ao possível ápice em prosa do "Catatau" (1975, do Autor) sem saber então que, Leminski, era isso e muito mais.
Suas traduções excelentes em diversos e distintos idiomas (inglês, latim, japonês), a musicalidade e inspiração de letrista, haikais, os muitos trocadilhos que fazem sentidos absurdos ao mesmo tempo que criativos, irônicos, líricos, vivos e habilidades como o de ser também professor, jornalista e judoca, tão incomuns por serem reunidas numa só pessoa, teriam tornado ainda mais atraente sua Curitiba natal que não conheço.
Em matéria saído na Ilustrada (Folha de São Paulo, E10, em 27/09/2009) dá-se conta da maior e mais completa mostra de sua obra no Instituto Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) além da esperança e boa notícia de que sua viúva e duas filhas, querem em Curitiba, criar um "memorial Leminski" que abrigaria o acervo, atualmente exposto no Instituto. À parte o Leminski perene, exposto em suas palavras como a própria vida.

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