Baseado no romance de estréia do professor da Universidade de Bolonha, Itália, escritor e semiólogo italiano Umberto Eco (1932), o filme "O nome da Rosa" (1986, Alemanha/França/Itália) assim como o livro, fizeram considerável sucesso pelo conjunto de elementos bem articulados para urdir a trama. A mesma que em si reúne filosofia, história, teologia e largas menções a personagens da literatura universal como Jorge Luís Borges (1899-1986), homenageado por Eco com o seu venerável Jorge de Burgos.
A trama é surpreendentemente policialesca em plena Idade Média, e se desenrola numa Abadia acometida por uma sucessão de misteriosos assassinatos e destes, sua ligação a suposta obra de Aristóteles sobre o riso então perdida. O monge William de Baskerville (Sean Connery) e o noviço Adson von Melk (Christian Slater) conduzem a instigante investigação, em meio a lances de inusitadas referências e usos da cultura clássica, como o "fio-de-Ariadne" para se localizar na imensa Biblioteca da Abadia, onde também despontam embates da história do pensamento como a querela do Nominalismo (presente já no nome da obra) assim como, o embate entre fé e razão, no disputatio dos personagens Bernardo de Gui, o inquisidor e o monge William de Baskerville, questões centrais da tradição ainda vigentes.
Com o sucesso do livro e filme, Eco escreveria posteriormente um pequeno opúsculo "Pós escrito ao nome da Rosa" (Nova Fronteira) onde nele, explica as origens e o processo de criação da obra.
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