Do Nobel português José Saramago muito se tem falado: de seu estilo alegórico, de sua escrita quase contínua, em que as regras da "boa pontuação" são conscientemente desprezadas e, por fim, da dificuldade em se ler o autor. Dificuldade que, possivelmente, decorre dos dois motivos elencados acima.
Todavia a obra discutida nesse mês (O conto da ilha desconhecida) é uma boa porta de entrada para o universo ficcional de Saramago. Curta, ela contém, apesar disso, todos os elementos que fizeram dele um autor de renome. A história, aparentemente simples, de um homem que deseja um navio para fazer novas descobertas oculta muitos ensinamentos - e críticas - nas suas entrelinhas.
As "aventuras" narradas começam quando um homem vai até o rei tentar obter um barco, e topa com uma quase negativa real, pois o monarca acha que não é possível haver terras a descobrir. Terminam quando o barco solta as amarras e toma o rumo do alto mar, com o narrador nos esclarecendo que a verdadeira viagem que precisa ser feita é a viagem interior. Moral bastante parecida com a do "Pequeno Príncipe" (obra já discutida pelo grupo no mês de abril) e com a de um poema drummondiano lembrado naquela ocasião: "O homem, as viagens".
Todavia a obra discutida nesse mês (O conto da ilha desconhecida) é uma boa porta de entrada para o universo ficcional de Saramago. Curta, ela contém, apesar disso, todos os elementos que fizeram dele um autor de renome. A história, aparentemente simples, de um homem que deseja um navio para fazer novas descobertas oculta muitos ensinamentos - e críticas - nas suas entrelinhas.
As "aventuras" narradas começam quando um homem vai até o rei tentar obter um barco, e topa com uma quase negativa real, pois o monarca acha que não é possível haver terras a descobrir. Terminam quando o barco solta as amarras e toma o rumo do alto mar, com o narrador nos esclarecendo que a verdadeira viagem que precisa ser feita é a viagem interior. Moral bastante parecida com a do "Pequeno Príncipe" (obra já discutida pelo grupo no mês de abril) e com a de um poema drummondiano lembrado naquela ocasião: "O homem, as viagens".
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