É natural que os acadêmicos em geral olhem com suspeita, quando não, repudiem radicalmente as reconstituições feitas pelo cinema e tv de personagens, fatos, épocas e períodos históricos retratados.
Contudo, a HBO/BBC/RAI fizeram um excelente trabalho com a série "Rome" com duas temporadas e quase uma terceira, descartada pela inviabilidade financeira e sepultada por conta dos incêndios nos cenários da Cinecittà em Roma, onde foram feitas a maioria das gravações. Há uma infinidade de detalhes que a série ao contrário da maioria das outras produções feitas até então não levaram em consideração ou deturpavam, como os costumes domésticos da vida cotidiana romana, as diferenças entre as classes sociais distintas e as mais diversas origens dos muitos povos e culturas que foram dominadas e absorvidas pelo grande império aqui, apresentado numa profusão de cores e vida como os indícios arqueológicos mais recentes tem confirmado e não, aquele mar de mármore branco. O aspecto da sexualidade e em particular o político é destaque na trama que começa com a conquista da Gália por César e "narrada" (ou costurada) por dois personagens Titus Pullo e Lucius Vorenos, centuriões da 13ª legião e, realmente citados num dos relatos feitos por César em sua Guerra Civil, publicada no Brasil como "A guerra civil" (1999, Estação Liberdade).
Acesse o site oficial da série em: http://www.hbo.com/rome/
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