O GRUPO BAADER MEINHOF: (Der Baader Meinhof Komplex, Alemanha/França/República Tcheca, 2008, 150min) Diretor: Uli Edel. Distribuição: Imagem Filmes.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
O Grupo Baader Meinhof de Stefan Aust / Uli Edel
É sempre difícil agradar à crítica quando se coloca nas telas um episódio da história relativamente recente. O filme O grupo Baarder Meinhof, do diretor de Christiane F, Uli Edel, dividiu as opiniões na Alemanha, trazendo à tona as desventuras de um dos mais importantes e controversos movimentos de esquerda dos ano 70 no país.
O grupo Baarder Meinhof narra a trajetória da Rote Armee Fraktion (Fração Exército Vermelho) RAF na sigla em alemão. Movimento de guerrilha de esquerda, o grupo formado por Andreas Baarder e a jornalista Ulrike Meinhof nasceu em 1967, como reação à violenta repressão policial ao movimento estudantil, que protestava contra a visita do xá do Irã a Berlim. Durante a manifestação, um estudante foi morto por um policial.
Nos anos 70, o grupo passou para a luta armada e começou a praticar atos de terrorismo. O filme acompanha os principais acontecimentos até 1977, durante o episódio conhecido como o Outono Alemão, quando um avião da Lufthansa foi sequestrado por terroristas que exigiam a libertação dos líderes da RAF presos.
A polícia antiterrorista alemã conseguiu liberar o avião, e, no dia seguinte, Andreas Baader, Gudrun Ensslin, Jan-Carl Raspe, líderes da RAF, foram presos na penitenciária de Stammheim e se suicidaram.
O diretor chegou a ser acusado de fazer apologia do grupo. Parte do público alemão considerou que o filme glamouriza os militantes terroristas, representados por alguns dos melhores atores alemães de hoje. "Meu país ainda não se reconciliou com aquele período, e espero que o filme promova esse debate", declarou a jornalistas.
O filme tem como produtor e roteirista Bernd Eichinger, de A queda! - As últimas horas de Hitler, e foi baseado no livro do jornalista Stefan Aust, ex-editor do semanário Der Spiegel, escreveu sobre a RAF, em 1985. A maior parte dos diálogos é baseada em documentos históricos.
Fonte: História Viva, Ano VI, nº69 - História em cartaz - pág. 14.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário