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Obras cujo tramas expressam o contexto de um época em que, o desenvolvimento científico, não dissipando os mistérios ou elucidando as ancestrais questões do homem embora litigando contra a religião, acabaram por gerar outras novas, com outros novos fantasmas, mitos e crenças. As mesmas que se somaram as ancestrais e, parte das quais são brilhantemente abordadas pelo historiador francês Jean Delumeau em "História do medo no Ocidente 1300-1800" (1989, Cia das Letras, Trad. Maria Lúcia Machado/Heloísa Jahn, 472 págs, recentemente reeditado em versão de bolso).
Para uma imersão no que estas e principalmente, o gênero de terror evoca ou inspira, isto é, o medo, certamente uma boa sugestão, ainda que o medo, naturalmente, seja mais antigo que a própria História e idéia de Ocidente.
Delumeau organizou-a em duas partes, a primeira "Os medos da maioria", a segunda, "A cultura dirigente e o medo", refletindo entre outras questões: o sentimento de insegurança, o medo da morte e dos tipos de morte, a subversão, satã e os agentes de satã, os muçulmanos, o judeu, a mulher, além das escatologias religiosas.
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