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Se bolor, estranheza e espanto brotam à leitura da obra de Hilda Hilst, não menos arrebatamento sentimos pela sublime beleza de seus versos ou da força de sua prosa ou singularidade de sua sintaxe... jamais me esquecerei da primeira vez que a li num poema, talvez, o definitivo a conscientizar-me de que poesia, certamente, não é matéria para leituras impunes ou passa-tempos textuais descompromissados.
Se padeceu ela de algum ostracismo à parte o retiro voluntário, rompido aqui e ali por um músico como Zeca Baleiro entre outros poucos, a vitalidade de seu brilhantismo do qual as muitas publicações no Brasil e exterior, além de premiações (acrescidas no passado de polêmica quando de uma obra) não a fez menor, embora certamente esquecida ou preterida em parte por sua personalidade tremendamente marcante e seu gênio libertário e sedutor.
Se nunca autora da moda como Clarice Lispector e outros tantos, certamente é das escritoras mais completas, complexas e versáteis de nosso literatura, cujo obra foi doada à Unicamp e sua casa, a "casa do sol" (retiro de muitos e últimos anos) está agora prestes a ser tombada.
Hilda Hilst é das poucas que pretendo ler e conhecer tudo... saber cada obra e verso seu, como um urgente sentimento onde tudo nunca será o suficiente para ser o que for e, ainda ser, tudo.
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